sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O 1º dia / O 1º conto / O 1º menino

Era uma vez um menino. Menino esse que era o centro do mundo.

Talvez não o fosse mas sentia que a ele pertencia...

Esse menino sempre teve rios de amor à sua volta, mares de sorrisos, cascatas de beijos... esse menino só podia ser feliz.

E era! Era um menino feliz ... Esse menino abusava na sua oferta.

Dava o que tinha e o que não tinha. Esse menino tinha castelos e nele punha todo o seu mundo. Esse menino era médico e curava todos os seus povos.

Esse menino era Rei, e sempre havia festa no seu reino. O menino era por vezes “condenado” por metralhar o seu mundo a beijos e abraços.

Mas não seria essa a essência do menino?!

Uma fragrância de flores, coberto de beijos ... fustigado a abraços.

O menino tinha o titulo do Riso! O mundo parava se não estava a rir ...

Uma dia parou

E então o menino viu que, na verdade, só ele tinha parado.

Esse menino foi crescendo.

O encanto dele nunca se perdeu e às vezes ainda se apercebe que pode ser um “pequeno mundo” de alguém ...

Pobre menino. Pobre menino crescido que se tornou numa anémona.

Com o toque retrai ...

Pobre menino crescido que foge com o olhar ...

Pobre menino crescido que para um estranho lugar foi viver.

Sem castelos, rios ou cascatas ...

Pobre menino crescido que deixou de brincar e sonhar ...

O seu mundo ainda se move a risos….

Veio uma onda e levou-lhe o castelo.

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