domingo, 24 de janeiro de 2010

A minha Canon

É verdade a minha Canon que sempre me acompanhou nestes ultimos anos avariou...
Agora tenho de esperar pela sua viagem a Lisboa para que a reparem...
Temos de ter paciência...
O business neste mês pós Natal tem sido fraquinho... têm-nos ajudado os grandes amigos que felizmente temos aqui...
Mas passemos a um pouco de prosa para que nos próximos episódios, ehehehe se possam entreter um pouco...


A ILHA
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Esta ilha no meio do Oceano, que tem toda a aparência de paraíso, é um símbolo facilmente explicável: seria a imagem da vida projectada no espaço e deslocada do passado reminiscente ao futuro intemporal. É a ilha feérica acessível somente a seres que saibam respeitá-la e a valentes que, pela sua pureza e seu amor, poderão ser dignos de ser admitidos! Ela é uma ilha puramente lendária feita pelos antepassados portugueses que se prestaram a colonizá-la no suor dos escravos que tanto a regou, e depois... as colheitas são abundantes e os habitantes não precisam de a cultivar, os bosques e florestas estão cobertos de árvores e plantas.
É Homem ou Mulher, quem ensina sabiamente para que servem as plantas e como curar as enfermidades… Quais Médicos e Químicos do presente comparados a estes Naturalistas e Alquimistas que vêem do passado, com todo o seu saber e Magia… e esta ilha rodeada pelo oceano não se vê afligida por nenhuma enfermidade, a não ser aquela provocada pelo homem.
Os habitantes são sempre jovens.
Uma realidade governa essa ilha, é a mais bela entre as belas. Aqui podemos se quisermos passar os nossos dias a meditar se a chuva trás a pureza, se a noite é conselheira, se o dia nos inspira, se o calor nos envolve, se a fadiga toma conta de nós… naturalmente pensarão que isto é o Éden, mas enganam-se! Está tudo tomado pelo sonho de alguns mas prejudicada pelo egoísmo de outros… ele é preciso ter paciência porque neste jogo da vida terá sempre de haver um vencedor final… esperemos que a Justiça!
É neste pensar que tenho em mim o mito do eterno retorno.

Gosto de voltar às coisas, aos lugares, às vidas que fui deixando para trás.
A serenidade do retorno. Em mim, sei como fluíram os dias de ausência, o rumo que a vida tomou. Volto à memória do tempo nos lugares. Mas a memória restaura contra si mesma, a escrita invisível do tempo, os rumores das ruas reencontradas, de gestos efémeros, rostos ressurrectos, o bulir das folhas no remanescer desta curta gravana que se aproxima….Reconheço cada lugar cada face pelas marcas que neles deixei; mas não. Antes as marcas que deixaram em mim pela sua presença mais perpétua. Não pretendo encurtar distancias. Gosto, e foi porque aprendi, da natureza oculta e do sentido secreto da palavra demora. Foi África a minha grande escola do saber esperar! Mas será que tenho vontade desta espera… Existo pela falta de presença simultânea. A recordação na ausência tem por efeito, diluir, o que de uma forma ou de outra, são cicatrizes. Vivo assim perpetuamente entre dois mundos, talvez porque queira moldar o presente para que este se apresente perfeito quando for passado.
Gosto de sorrir, embala-me a alma no torpor da felicidade, gosto de sorrir.
Gosto das palavras brandas, temperadas de amizade e proximidade.
De gestos bonitos, de honra, de personalidade, das pessoas que gostam e sabem estar na vida, gosto da paz, da pedra lavrada, esculpida à mão livre pelo tempo, e adoro a fidelidade, não aquela que é intrínseca ao sentido nefasto e humano, mas sim aos sentimentos que cada um nutre! Gosto das estradas que me levam a algum lugar, mesmo que aí não fique! Gosto do riso dos adultos porque é difícil, das caras queimadas do calor, da coragem dos homens que se recusam a vergar à adversidade do tempo de vida!
Gosto de quem perdoa e abraça, de quem usa o coração para guardar a vida e não a mágoa…
Acho até que podemos viver com muito menos do que aquilo que eventualmente coleccionamos ao longo da vida, mas não podemos viver sem afectos.
O que tenho de meu?
Meu espírito, meus pensamentos e faço da imaginação doces momentos.

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De maneira simples e fascinante, a história da mudança que acontece quando procuramos o que queremos ter na vida: um emprego, um relacionamento, dinheiro, boa casa, liberdade, saúde, reconhecimento, paz de espírito ou qualquer actividade, como corrida ou golfe, cada um de nós sonha com seu queijo. Procuramos por ele porque nos fará felizes. Se o conseguimos é a nossa realização. Se o perdemos, sentimos muito, significa que os caminhos que passámos tempo a procurar não passarão pelos nossos ideais: um excelente trabalho, uma boa convivência na sociedade e os relacionamentos na vida.
Todos nós trabalhamos e vivemos em constantes mudanças. Perdemos, às vezes, um queijo. E encontramos outro melhor. No mundo globalizado, adaptamo-nos às mudanças é indispensável na vida das pessoas e organizações. É isso que vida vivida nos ensina de forma brilhante. As mudanças inesperadas devem ser encaradas e compreendidas. Os novos caminhos estão à espera para tornar a vida maravilhosa, seja no trabalho, na sociedade ou no amor.
Uns há que se levantavam bem cedo, chegavam ao seu destino e conseguem de imediato os objectivos . Outros não têm pressa. Levantavam-se mais tarde e caminham ao sabor daquilo que se apresenta na vida…
Para os primeiros a descoberta é sempre uma forma de ser feliz. Para outros, encontrar era ter coisas materiais. Para terceiros, é ter boa saúde e bem-estar. Para outros significa ter segurança e para outros ainda é alcançar o sucesso. Mas se temos algo muito importante para nós, não desejamos nunca abrir mão.
A casa acolhedora, confortável e familiar que sempre possuímos por vezes já não é mais a mesma. Preocupações e frustrações. Cansados e enfraquecidos percebemos que não temos mais controle da situação. É preciso dar a volta por cima, procurar um novo rumo, um novo objectivo, termos coragem para a nova mudança. Tomar nota que, se não mudas diante das novas situações, morres. Temos de procurar sempre aquilo que perdemos, juntar forças, criar coragem e entrar novamente no labirinto da vida. Quando falta o ânimo, lembra-te que o pior era ficar sem rumo. Se o homem consegue seguir em frente, também seremos capazes.

BEIJOS E ABRAÇOS CHEIOS DE SAUDADES