sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL

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FELIZ NATAL




Cheio de Saudades de Todos Vocês

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

“O que tiver de ser, será



-->“ O que tiver de ser, será”
Pantufo é uma vila piscatória do distrito de Água Grande e dista aproximadamente 2 km da capital, São Tomé. São cerca de 2.000 os seus habitantes e vivem como tantos outros, aqui em São Tomé não no limiar da pobreza, mas mesmo dentro dela!!!
Homens e mulheres lutam no dia-a-dia pelos pães que tentam reunir… uns são pescadores, outros vivem do que a terra lhes dá, mas nesta zona, como em tantas outras, valem-se do que já está plantado, resumindo-se a sua actividade à apanha dos frutos, e outros, infelizmente, à extracção das areias da costa.
Normalmente levantam-se às 4 da manhã, deixando a cama e a sua família e levando consigo a sua catana (machim é o termo local), uma sacola com alguns poucos mantimentos, Isto só se vir que a faina vai demorar, e as suas artes de pesca.
Agostinho Pereira é um, entre muitos pescadores e é desde os 7 anos de idade que a sua vida se resume a istoe pouco mais. A canoa (piroga) é a sua riqueza, ela fica sempre presa a árvores ou às muralhas junto da praia… Ainda é escuro quando parte e por isso habitualmente acende um candeeiro, que não é mais que um pouco de azeite a arder…
É vê-lo a partir rumo ao mar para mais um dia de trabalho… Sabe em consciência que é uma profissão arriscada, no entanto ao sair todos eles têm o mesmo sentir… o desejo de conseguir muito peixe e chegarem a casa sãos e salvos.
Nos dias em que acontece o mar estar calmo Agostinho regressa por volta da hora do almoço (13,30) carregado das diversas espécies locais como o carapau, o peixe fumo, o voador, o concon, a marguita bem como outros tantos… Para muitos o dia estará ganho, mas ainda têm de vender o peixe e muitos outros voltarem ao mar com outras artes…
Hoje entre outros trouxe uns linguados, uns concons e peixe serra
Nessa altura Agostinho e sua mulher Sátira, mãe dos seus 7 filhos, fazem a mudança nas ferramentas trocando as linhas de pesca pelas redes.
Ele pacientemente espera pelas 16 horas remendando aqui e ali as suas velhas redes. É por esta altura que se faz de novo ao mar e só volta a pisar solo por volta das 21 horas… vai à a apanha do voador trabalho duro para os seus actuais 50 anos. Hoje vai fazer mau tempo e ele não irá para o mar, a safra hoje foi fraca…ele espera pelo dia de amanhã e pelo outro seguinte…..
Esta é a vida que centenas de cidadãos honestos espalhados por este São Tomé e Príncipe levam… Graças a Deus... e ao seu lema “ O que tiver de ser, será” !!!
BEM HAJAM